sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ONDE ESTÃO AS ABELHAS?



Em Santa Catarina, no ano passado, morreram por causas desconhecidas 100 mil colmeias de abelhas – um terço das 300 mil existentes no Estado.
O desaparecimento de abelhas de várias espécies vem preocupando pesquisadores no mundo todo. O fenômeno tem forte impacto na produção agrícola e na segurança alimentar, pois leva ao aumento do custo dos alimentos e ameaça a viabilidade de culturas. Prestadoras de inestimáveis serviços ambientais, as abelhas respondem pela polinização de 71 dos 100 tipos de colheita que alimentam e vestem a humanidade, segundo relatório da ONU de 2010. 
 Além de polinizadores, os insetos ainda fornecem mel, geleia real, própolis, pólen e cera. Até mesmo seu veneno é remédio para artrite, reumatismo e esclerose múltipla. Usado em alguns países, como a Coréia do Sul, o veneno é aplicado no paciente usando-se a própria ferroada da abelha.
Colapso traumático
O declínio da população de abelhas foi notado nos EUA em 2006, e denominado Colony Collapse Disorder (Desordem de Colapso da Colônia). Desde então, atingiu toda a América, regiões da Europa, o Oriente Médio e a Ásia. As causas propostas são diversas: inseticidas e fungicidas, déficit nutricional associado à falta de flora natural, mudanças climáticas, manejo intensivo das colmeias, baixa variabilidade genética, vírus, fungos, bactérias e ácaros – juntos ou separadamente. Até a emissão eletromagnética de celulares já foi investigada, sem evidências.
Pesquisas revelam vínculos entre o desaparecimento e a proliferação de pesticidas, que infligem danos à capacidade de navegação dos insetos. “Os pesticidas são uma causa de perdas importantes, com certeza”, afirma o geneticista David De Jong, professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP).
“Temos situações de toxicidade aguda, em que as abelhas morrem de uma vez, logo após a aplicação do agrotóxico. Mas há outras em que doses subletais podem fazê-las perder o rumo e não voltar ao ninho. Doses baixas de inseticidas também enfraquecem o sistema imunológico da abelha. O fato é que, com os novos inseticidas do grupo dos neonicotinoides, estamos definitivamente perdendo muitas abelhas Apis mellifera e muitas espécies de abelhas nativas”, adverte o pesquisador, doutorado pela Universidade de Cornell (EUA).
Uma pesquisa recente, realizada na Universidade de Stirling (Inglaterra) pela equipe do professor David Goulson, comprovou que os neonicotinoides, associados a parasitas e à destruição de habitats ricos em flores de que as abelhas se alimentam, são as principais razões para a perda das colônias. Embora a indústria de agrotóxicos e o governo inglês neguem os danos causados aos insetos, os neonicotinoides, largamente usados na Europa no fim dos anos 1990, já foram proibidos na Alemanha, na França e na Itália. Nos EUA, estão associados ao cultivo do milho.
 Perdas no Brasil
No Brasil, desde 2007 há relatos de apicultores sobre a mortalidade súbita de abelhas, no Piauí, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Uma causa é a exposição a pesticidas em plantações de laranja, cana-de-açúcar e soja. “Os laranjais, que já foram importante fonte de néctar para a produção de mel, são hoje perigosos, dada a quantidade de agrotóxicos usada em razão de doenças como o greening”, diz De Jong, que trabalha com abelhas desde os 12 anos. “Novos patógenos recém-descobertos no país também têm sido encontrados em amostras de apiários onde houve perda expressiva de colmeias.”


De Jong esteve entre os pesquisadores que o primeiro ministro da antiga Secretaria Especial do Meio do governo federal (1974-1986), o professor Paulo Nogueira Neto, chamou para estudar a morte das abelhas na sua fazenda em São Simão, próximo a Ribeirão Preto. “Morreram colmeias de quatro espécies de abelhas nativas, todas com sintomas de intoxicação com inseticida, logo após a aplicação de veneno via avião em um canavial perto da fazenda. Ao mesmo tempo, morreram todas as 14 colônias de um apiário de abelhas africanizadas próximo dali”, recorda-se.
Fonte:  http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/reportagens/onde-estao-as-abelhas




 Filme: Bee Movie
Título no Brasil:  Bee movie – a história de uma abelha
Título original:  Bee movie
País de origem:  EUA
Gênero:  Animação
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de lançamento:  2007
Site oficial:  http://www.beemovie.com
Estúdio/Distrib.:  Paramount Pictures Brasil
Direção:  Steve Hickner/Simon J. Smith

Sinopse
O filme mostra o mundo das abelhas sob "a ótica das abelhas", ou seja, diferente do olhar humano.
Assim, Barry Benson, uma abelha recém-formada, decide processar os humanos pela apropriação indevida do mel. Mostra, também, os  impactos em ambientes naturais  decorrentes das ações humanas.




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