A Educadora, Drª Zoia Ribeiro Prestes disse, no encontro de supervisores,
que aconteceu em Florianópolis-SC, não acreditar na escola que está aí...A
educadora criticou a organização da escola, a hierarquização do conhecimento e
a relação entre os atores, que
privilegia o professor em detrimento da relação com o aluno. De acordo com a educadora, o problema da
escola brasileira é negar a capacidade humana para o desenvolvimento do
indivíduo. Vive-se o tempo da escola focado
para institucionalização e não para o desenvolvimento do ser humano, perdendo-se um tempo enorme na tentativa de enquadrar a
pessoa ao ambiente.
Segundo ela, o livro “A formação social da mente”, de Vigotski
, não representa as ideias do pensador soviético. Ela garante que não é
possível encontrar sequer uma frase de contexto ao se comparar “A formação” com
os textos originais do pensador...Ótimo assunto de pesquisa e leitura!
Ela falou, também, sobre Paulo Freire, que ele é tão
prestigiado na Rússia como Vigotski é
aqui.
Acredito que o papel
social do professor seja de ajudar os alunos a sistematizar as informações que
circulam socialmente. Cada criança e
jovem entende essas informações de uma forma, ou seja, que para cada fato/história/notícia há
múltiplas interpretações e representações. Nossos alunos precisam encontrar, na
escola, um ambiente onde se sintam à
vontade para falar sobre suas representações, sem serem ridicularizados por
isso, para que aprendam a ouvir outros pontos de vista, de
maneira respeitosa. É por isso que todo o ambiente deve ser pensado e
organizado de modo a promover o diálogo entre seus sujeitos.
