segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Relações Étnico-Raciais - Prof°. Dr. Kabengele Munanga



https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2009/09/Uma-abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf

https://www.geledes.org.br/kabengele-munanga-uma-abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-identidade-e-etnia/


http://www.acordacultura.org.br/sites/default/files/kit/MODOSBRINCAR-WEB-CORRIGIDA.pdf

"A diversidade e a multiplicidade existem em cada um/a de nós e nos grupos que constituem a humanidade. Estes grupos são fundamentais para a construção de uma nova humanidade, que o trabalho com a EDUCAÇÃO INFANTIL, com os recém-chegados seres humanos de zero a seis anos, exige. Uma humanidade sem racismo, que preza o respeito, a convivência e o diálogo. Em se tratando de uma educação para o amanhã, tecida no hoje, com o legado do ontem, eu diria, UMA HUMANIDADE DO AMOR."
Azoilda Loretto da Trindade



terça-feira, 28 de março de 2017

Representação e idosos nos contos.

Interpretação das idades da vida, um conto transcrito pelos irmãos Grimm. 

     Deus havia destinado 30 anos de vida ao homem e a todos os animais; o asno, o cão e o macaco conseguiram que ele cortasse 18 anos, 12 anos e 10 anos do número fixado, pois uma vida longa lhes parecia penosa. O homem, menos sábio que os animais pediu um prolongamento: conseguiu os 18 anos do asno, os 12 do cão e os 10 do macaco: "tem, portanto, 70 anos de vida". O homem não entendeu que a longevidade teria que ser paga com  a decrepitude. 
     Os trinta primeiros anos são seus, e passam rápido...Chegam, então, os 18 anos do asno, durante os quais ele tem que carregar nos ombros fardos e mais fardos; é ele que fornece ao moinho o trigo que alimenta os outros...Depois, vêm os 12 anos do cão, durante os quais não faz outra coisa senão reclamar, arrastando-se de um canto a outro...Passado esse tempo, não lhe restam mais, para terminar, do que os 10 anos do macaco. Não tem mais a cabeça boa, fica meio esquisito, faz coisas estranhas   que provocam riso  a zombaria de crianças. 
     Assim, se a velhice do homem é mais longa e mais penosa do que a dos animais, é ele o responsável por isso: condenou-se a si próprio, por sua irrefletida avidez. (século XlX)

Como os idosos,especialmente as mulheres, são representados nos contos destinados às crianças? 
É ético relacionar valor/caráter ao etário, no caso, especificamente ao adulto idoso?  É justo continuar usando imagens de idosos para representar o maléfico? 
Se no passado a longevidade era coisa rara, hoje, conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, cresce o  número de pessoas com mais de 60 anos em nosso país. 
Em uma época de crise econômica e política, onde não temos mais certeza sobre o futuro, uma coisa é certa: o Brasil está envelhecendo, e já é tempo de pensarmos novos valores democráticos, onde sejam incluídos idosos, jovens, pessoas de diferentes etnias, gêneros e com diferentes habilidades.