sábado, 25 de julho de 2015

Crianças na pintura - Portinari



Livro:



O que aprender:

  1. Gênero textual: biografia
  2. Expressão por meio da pintura
  3. Apreciar e  fazer releituras
  4. Reconhecer o passado e o presente, identificando semelhanças e diferenças a partir da interpretação da  pintura e do  próprio contexto social (casa, comunidade e escola)

Mini galeria: a história da infância de Portinari pode ser contada a partir das observações de suas obras.
Resultado de imagem para obras de portinari brincadeiras
Resultado de imagem para obras de portinari brincadeirasResultado de imagem para obras de portinari brincadeiras
Resultado de imagem para obras de portinari brincadeirasResultado de imagem para obras de portinari brincadeirasResultado de imagem para obras de portinari brincadeiras
Resultado de imagem para obras de portinari brincadeirasResultado de imagem para obras de portinari brincadeiras

...Ele foi um pintor que retratou a situação social, econômica e política do Brasil. Vejam que dá para refletir muito além das brincadeiras! Temas sociais importantes, desse período,  podem ser levantados com o (a) professor (a) de história. 

http://acervo.estadao.com.br/paginas-da-historia/decada_1900.shtm
http://acervo.estadao.com.br/paginas-da-historia/decada_1930.shtm
http://acervo.estadao.com.br/paginas-da-historia/decada_1940.shtm
http://acervo.estadao.com.br/paginas-da-historia/decada_1960.shtm



Você sabia que Portinari foi amigo de infância de Carlos Drummond de Andrade? 
Drummond, poesia
Portinari, pintura


(...)
Entre o amor e o ofício 
eis que mão decide:
todos os meninos, ainda os mais desgraçados,                                
sejam vertiginosamente  felizes
como feliz é o retrato
múltiplo verde-róseo em duas gerações
da criança que balança como flor no cosmo.
C.D.A 
Resultado de imagem para obras de portinari menino no balanç


Pesquisar junto aos familiares e comunidade escolar, brincadeiras e brinquedos populares e comparar os atuais com os antigos:

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas



Crianças brincam de 'dança das cadieras' (Foto: Andréia Machado/G1)



Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Resultado de imagem para brincadeiras antigas



Resultado de imagem para brincadeiras antigas

Reproduzir alguns brinquedos com materiais alternativos para brincar na escola:


































































































































Na sala de tecnologia:

http://museucasadeportinari.org.br/jogosonline/

http://www.portinari.org.br/

http://www.e-biografias.net/candido_portinari/

http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=93&in=1


"Quando uma pessoa idosa morre, queima-se uma grande biblioteca." -provérbio africano





quarta-feira, 22 de julho de 2015

Conto popular: O Caso do Espelho - recontado por Ricardo Azevedo




Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata.
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos:
- Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
- Isso é um espelho - explicou o dono da loja.
- Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
- O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
- É não! - respondeu o outro. - Isso é o retrato do meu pai. É ele, sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando.
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
- Ah, meu Deus! - gritava ela desnorteada. - É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
- Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.
- Que foi isso, mulher?
- Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?- Que retrato? - perguntou o marido, surpreso.
- Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
O homem não estava entendendo nada.
- Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito:
- Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira.
- Velho lazarento, coisa nenhuma! - gritou o homem, ofendido.
A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa.
- Que é isso, menina?
- Aquele cafajeste arranjou outra!
- Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada.
- Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher!
A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato.
Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada.
- Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e desdentada que eu já vi até hoje!
E completou, feliz, abraçando a filha:

- Fica tranquila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!

Ilustração: Alarcão

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/caso-espelho-634284.shtml