sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Um conto chinês-filme



Um conto chinês é um filme  para se refletir sobre  o contato com o outro, principalmente, num momento onde criamos um novo significado para a palavra amigo...valorizado, hoje, mais  pela  quantidade do que pela qualidade.  Hoje nos comunicamos facilmente com gente que mal conhecemos pelas redes sociais-virtuais e nos contentamos com o  estabelecimento de vínculos frágeis . Acredito que seja pela facilidade de substituir palavras e gestos,  por imagens...

No filme o que mais me chamou a atenção, foram as emoções demonstradas, àquele estranhamento e curiosidade nas trocas de informações  presente no  encontro inusitado  entre desconhecidos.  Onde os personagens se esforçam para conversar por meio de palavras incompreensíveis, em que gestos, olhares, expressões e uma forte  dose de empatia  os aproximam...coisas que não percebemos ao aceitar nossos novos "amigos" virtuais!

Sinopse
Roberto (Ricardo Darín) é um argentino recluso e mau humorado. Ele leva a vida cuidando de uma pequena loja e tem o hobbie de colecionar notícias incomuns. A comodidade de sua vida é interrompida quando ele encontra um chinês (Ignacio Huang) que não fala uma palavra de espanhol. O imigrante acabara de ser assaltado e não tem lugar para ficar em Buenos Aires. Inicialmente relutante, Roberto acaba deixando o asiático viver com ele e aos poucos vai descobrindo fatos sobre o chinês.  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-197304/


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

MAR A DENTRO-filme



Mar adentro é um filme espanhol  de 2004, do gênero Drama, dirigido pelo chileno radicado na Espanha Alejandro Amenábar.
O filme é baseado em eventos da vida real e relata a história  do espanhol Ramón Sampedro, um marinheiro de 25 anos  que ficou tetraplégico após um acidente de mergulho.
Ramón Sampedro  solicitou à justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar viver. A sua luta judicial demorou cinco anos. O direito à eutanásia ativa voluntária não lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracteriza este tipo de ação como homicídio.

No filme, com o auxílio de uma amiga planejou a sua morte de maneira a não incriminar sua família ou seus amigos. Depois de 29 anos tetraplégico, no dia 15 de janeiro de 1998, ele  gravou em vídeo os seus últimos minutos de vida, onde ingeri cianureto de um copo com um canudo ao alcance da sua boca, deixado por sua amiga...deixando documentado que foi ele quem fez a ação de colocar o canudo na boca  sugando o conteúdo do copo.

A quem pertence sua vida?
 Leio diferentes pessoas dizerem que fazemos escolhas, de fato, mas quantas vezes nos deparamos com momentos e caminhos em que tivemos  de  rever nossas  escolhas  em função de acontecimentos criados por outras pessoas?  Somos seres sociais, dependemos  uns dos outros...uns menos e  outros mais, como Ramon.
 Pensamos no outro enquanto vivemos...pensar e se sensibilizar com o  outro,  para mim, é  praticar a humanidade. A família de Ramon praticava, pelo menos no filme, afetividade, respeito e amor, não demonstravam desprezo, ressentimento ou  raiva de qualquer natureza. 
A quem pertence minha vida? Talvez não pertença totalmente a mim, talvez eu a tenha dividido no momento em que escolhi ter uma família e conviver com ela. Ramon não teve esse privilégio, não teve tempo de  escolher sua esposa, ter seus filhos, construir sua própria família...talvez tenha sido esse, um fardo grande de se carregar, talvez. 


DÚVIDA- filme





 Dúvida é um filme Norte Americano lançado em 2008, foi escrito e dirigido por John P. Shanley, tendo como atores:
 Meryl Streep no papel da  freira  Aloysius, também, diretora disciplinadora e coercitiva da escola St. Nicolas, localizada no Bronx;  
Philip S. Hoffman no papel do  padre Flyn,  carismático e progressista que tenta mudar os rígidos costumes praticados contra as crianças; 
 Amy Lou Adams, linda e eterna Encantadano papel da freira James, professora da escola.
A história do filme se passa no ano de 1964, num momento de mudanças políticas e conflitos raciais,  onde a escola aceita  seu primeiro aluno negro, Donald Miller (Joseph Foster).
Certo  dia a irmã James  observa momentos de afetividade entre o padre e o aluno Donald  e conta à diretora sua impressão sobre a "demasiada" atenção do padre Flynn ao aluno.
Isso é suficiente  para que a irmã Aloysius coloque a tona suas suspeitas, misturadas às suas convicções morais,  e inicie uma batalha contra o padre Flyn.

Após ser questionado pela irmã, o padre faz  o seguinte sermão  a respeito da maledicência:

Uma fiel, após confessar-se,  pediu ao padre a  absolvição por ter levantado falso testemunho contra seu vizinho. O padre disse:  “eu quero que volte para casa, suba no telhado com um travesseiro, corte-o com a faca e volte a falar comigo”.
Ao retornar, ela relata o resultado: “Penas voaram por toda parte”.
E o padre determina: “Agora eu quero que volte lá e recolha cada pena que saiu voando com o vento”.
Desesperada ela confessa: “Impossível. Não sei pra onde elas foram. O vento espalhou as penas pela cidade".
O padre explica: “O mesmo aconteceu com a sua maledicência, ela se espalhou como as penas ...”